quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Vozes Do Mar

Quando o sol vai caindo sobre as águas
Num nervoso delíquio d’oiro intenso,
Donde vem essa voz cheia de mágoas
Com que falas à terra, ó mar imenso?…
Tu falas de festins, e cavalgadas
De cavaleiros errantes ao luar?
Falas de caravelas encantadas
Que dormem em teu seio a soluçar?
Tens cantos d’epopeias?Tens anseios
D’amarguras? Tu tens também receios,
Ó mar cheio de esperança e majestade?!
Donde vem essa voz,ó mar amigo?…
… Talvez a voz do Portugal antigo,
Chamando por Camões numa saudade!
Florbela Espanca - Trocando olhares - 17/06/1916(foto tirada da net)

6 comentários:

joao madail veiga disse...

Uma vez arribei a Sines sózinho com o NVV Veronique, vindo das Baleeira, depois de quatro dias fundeado ao abrigo do promontório de Sagres, à espera que a Nortada abrandasse.
Fpoi talvez a minha arribada mais saboreada.

Moura Aveirense disse...

Obrigada pela visita ao meu blogue e por tê-lo na lista dos seus blogues :)

Jelicopedres disse...

Muito bonita, esta poesia de Florbela Espanca, que nos fala do "encantamento" do Mar...

Continua a trazer-nos as tuas selecções onde impera sempre o bom gosto!

Beijinho*

Letucha Almeida disse...

Obrigada pelos vossos comentários!

Letucha Almeida disse...

Adoro Florbela Espanca.
Bom Carnaval!
Beijinhos

isabel disse...

Mar que nos traz energia, mar que nos acalma.
Belo poema.

baci baci