Vozes Do Mar
Quando o sol vai caindo sobre as águas
Num nervoso delíquio d’oiro intenso,
Donde vem essa voz cheia de mágoas
Com que falas à terra, ó mar imenso?…
Num nervoso delíquio d’oiro intenso,
Donde vem essa voz cheia de mágoas
Com que falas à terra, ó mar imenso?…
Tu falas de festins, e cavalgadas
De cavaleiros errantes ao luar?
Falas de caravelas encantadas
Que dormem em teu seio a soluçar?
De cavaleiros errantes ao luar?
Falas de caravelas encantadas
Que dormem em teu seio a soluçar?
Tens cantos d’epopeias?Tens anseios
D’amarguras? Tu tens também receios,
Ó mar cheio de esperança e majestade?!
D’amarguras? Tu tens também receios,
Ó mar cheio de esperança e majestade?!
Donde vem essa voz,ó mar amigo?…
… Talvez a voz do Portugal antigo,
Chamando por Camões numa saudade!
… Talvez a voz do Portugal antigo,
Chamando por Camões numa saudade!
Florbela Espanca - Trocando olhares - 17/06/1916(foto tirada da net)
6 comentários:
Uma vez arribei a Sines sózinho com o NVV Veronique, vindo das Baleeira, depois de quatro dias fundeado ao abrigo do promontório de Sagres, à espera que a Nortada abrandasse.
Fpoi talvez a minha arribada mais saboreada.
Obrigada pela visita ao meu blogue e por tê-lo na lista dos seus blogues :)
Muito bonita, esta poesia de Florbela Espanca, que nos fala do "encantamento" do Mar...
Continua a trazer-nos as tuas selecções onde impera sempre o bom gosto!
Beijinho*
Obrigada pelos vossos comentários!
Adoro Florbela Espanca.
Bom Carnaval!
Beijinhos
Mar que nos traz energia, mar que nos acalma.
Belo poema.
baci baci
Postar um comentário