segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Soneto do amigo

Enfim, depois de tanto erro passado
Tantas retaliações, tanto perigo
Eis que ressurge noutro o velho amigo
Nunca perdido, sempre reencontrado.
É bom sentá-lo novamente ao lado
Com olhos que contêm o olhar antigo
Sempre comigo um pouco atribulado
E como sempre singular comigo.
Um bicho igual a mim, simples e humano
Sabendo se mover e comover
E a disfarçar com o meu próprio engano.
O amigo: um ser que a vida não explica
Que só se vai ao ver outro nascer
E o espelho de minha alma multiplica...
Vinicius de Moraes

3 comentários:

Carolina disse...

É bom sentá-lo novamente, nem que seja em cima do muro!
;)

Jelicopedres disse...

Vinicius de Moraes, sabe!
E tu também Lena!
Que um Amigo, Amigo de Coração, não se explica.
É!!!
Sorriso luminoso para ti.
Com amizade ;))

Letucha Almeida disse...

Mille grazie, molti Baci per voi due.