sexta-feira, 17 de abril de 2009


Uma gaivota

"... lá ao fundo, sozinho, longe do barco e da costa, Fernão Capelo Gaivota treinava. A trinta metros da superfície azul brilhante, baixou os seus pés com membranas, levantou o bico e tentou a todo custo manter suas asas numa dolorosa curva. A curva fazia com que voasse devagar, e então sua velocidade diminuiu até que o vento não fosse mais que um ligeiro sopro, e o oceano como que tivesse parado, abaixo dele. Cerrou os olhos para se concentrar melhor, susteve a respiração e forçou ... só ... mais ... um ... centímetro ... de ... curva ... Mas as penas levantaram-se em turbilhão, atrapalhou-se e caiu.
...mas Fernão Capelo Gaivota - sem se envergonhar, abrindo outra vez as asas naquela trêmula e difícil curva, parando, parando ... e atrapalhando-se outra vez! - não era um pássaro vulgar."

Exerto do livro Fernão Capelo Gaivota de Richard Bach

foto de Chris Krog

2 comentários:

Anônimo disse...

Lindo estou a gostar muito do teu blog, mais uma gaivota, bom fim de semana, um grande beijo.

Carolina disse...

È preciso é ser persistente!
E parece-me que isso não falta ao Fernão Capelo Gaivota!
;)